quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Banquete curitibano





eu fico toda nua
de joelho descabelada na tua cama
eu fico bem rampeira
ao gazeio da tua flauta de mel
eu fico toda louca
aos golpes certeiros do teu ferrão de fogo
ereto duro mortal

[Cantares da Sulamita – Dalton Trevisan]




Rubia – religiosa, porém sofre de vertigem. O sexo, além de ser algo novo é para ela um grande mistério, sonhou certa vez que estava trepando com Judas. O par de peitinhos ainda brota, veladamente, sob a blusinha de renda feita pela avó.

Rafaela – descobriu o sexo com seu primo. Um descuido dos pais, e lá estava o primo mostrando seu punhal reluzente. Desde então, traça os amigos da mesma idade. Já mostrou a flor para um grupo de adolescentes na biblioteca da escola pública. A rapaziada gostava de sentir o perfume.

Débora – safada e vingativa, gosta de ser amarrada na cruz. Pendurada pelos braços, uma pimentinha vermelha. No estágio sempre chupão risadinhas. Acredita que o sexo é algo transcendental. Gosta de chupar, desde que não gozem na boca.

Mariana – sonhava em ser cantora, no entanto, entrou sabe deus como na universidade pública e começou a celebrar shows de striper para as festas do DCE. Bêbada, dizia entrar em contato com Baco. Já foi flagrada nos corredores universitários afogando o ganso de um professor doutor em letras vernáculas. Evoé!

Taís – não sabe quem é Marquês de Sade, mas gosta de ser sodomizada. Seu maior desejo é trepar com dois caras de uma só vez. Expliquei para ela: isso se chama ménage à trois.
Raquel – conhecida como a nínfomaníaca da faculdade de letras. Gostaria de bater o recorde e provar todos os acadêmicos. Um por um. Nas sextas-feiras de lua cheia, veste uma de suas inúmeras calcinhas comestíveis com estampa de S. Antônio, presente de uma cartomante aposentada.

Tamara – mestranda em estudos literários. É fã da artista plástica Lempicka e estuda a obra de André Gide. Diz ser gay. Mesmo assim bateu, numa tarde de outono, em seu apartamento, uma punheta para seu colega. Realizou o sonho do amigo.

Bruna – dezessete anos. Peitinho em flor. Cultiva pombas em sua casa. Acha que Clarice Lispector lhe revelou seu lado ambíguo. Experimentou com sua amiga alguns beijinhos. A revelação lhe corou o rosto. Tocou uma siririca pensando em seu professor de filosofia.
Esther – gosta de trepar com os africanos que fazem intercâmbio no curso de psicologia. Às vezes em grupo. Gosta do pênis rijo de glande inchada. No sexo anal, de pé, olha-se no espelho apreciando seu corpo branquinho em contraste com a cor negra dos filhos de ghandi. Confessou levitar na maioria das sessões grupal.

Luzia – é homem.

[que belo cardápio, exclama o homem. Chama o garçom]


[Um material elaborado pela companhia Giuliano Gimenez
& Otávio Luiz Kajevski LTDA.]

9 comentários:

  1. epa epa!

    vou descer meus inferninhos

    mas, no entanto, com a licença da palavra, vcs comeram uma epígrafe do vampiro que abria o texto e a esther está embaralhada com a bruna, era isso que queria dizer

    se me dão a licença....

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  2. podia-se fazer a lista dos meninos neah???
    ^^

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  3. Esta quenga está linda! novinha, uma coisa, fiquei até vesgo de luxúria, já virei freguês!

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  4. AAAAAAAh!!!


    Tb acho que tem que ter uma lista dos meninos!


    Deixa eu fazer? Deixa! Deixa...


    .beijomeliga.


    (Quenga é um tombo! -E tenho dito!)

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  5. pode escrever, quem é está humilde revista para gerenciar a criatividade alheia?

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Fala que a Quenga te escuta!

Que é Quenga?

Minha foto
Curitiba, PR, Brazil
n substantivo feminino Regionalismo: Nordeste do Brasil. 1 vasilha feita de metade de um coco-da-baía da qual se retira a carne 2 Derivação: por metonímia. o conteúdo dessa vasilha; quengo 3 Uso: tabuísmo. mulher que exerce a prostituição; meretriz 4 Uso: informal. coisa imprestável, inútil